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quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Welcome back

  

Tenho tentado escrever há alguns dias, mas sempre que eu olho para o papel em branco as palavras me faltam. Um amigo me indicou que eu escrevesse aos poucos, conforme as ideias surgissem, contudo, cá estou de frente para esta tela e elas me escapam outra vez.

Tenho sentido muita vontade de recomeçar como há muito não sentia, meu coração se abriu de novo para as possibilidades e principalmente por isso sou grata à 2021, que, apesar de ter me feito mergulhar num mar revolto, me trouxe de volta.

Como diz aquela canção, “voltei para mim, cê sabe o que é bom, onda do mar, só quero...” e assim como na música, quero água de mar, aquele calor gostoso do sol batendo no meu rosto, um livro e quem me ama por perto. É isso que eu desejo para 2022. <3

quinta-feira, 14 de outubro de 2021

Fome de vida

 

Aquela energia que só festival tem, aquela expectativa sadia, as pessoas felizes ao redor, aquele frio na barriga gostoso que a gente não sabe o que é, é o que sinto quando “Perfume do invisível” by Céu começa a tocar no fone de ouvido e, de repente, sou envolta naquela atmosfera onírica onde tudo (e nada) pode acontecer, que é quase possível ver meu coração fora do peito.

Era (quase sempre) assim que eu sentia quando te via. 

Não consegui por em palavras por algum tempo, talvez porque, inconsciente, não queria admitir que tudo ruiu de uma maneira que não fazia jus aos momentos em que senti essa energia (e eu sei que não foi só eu que senti - "the eyes, chico...").

Mas, agora, mais do que nunca, me deixa ir, pois não há mais lugar para acomodar tanto sem transbordar. 



sexta-feira, 13 de agosto de 2021

Como explicar que certos finais demoram para se encerrar dentro da gente apesar da imensa vontade interna de recomeçar? 

A vida finalmente recomeça, o lado profissional retoma, pessoas novas surgem, mas aqui e ali a lembrança e a saudade insistem se fazerem presentes.

Saudade da cumplicidade, da confiança, coisas que levam tempo para serem construídas, porém são destroçadas em segundos. 


quinta-feira, 22 de julho de 2021

22.07.21


Não adianta escrever textos bonitos, eles não vão apagar o que aconteceu se as tuas atitudes reforçam que para ti eu não tenho/tive importância alguma. 

Que tu me substituiu sem ao menos me dar o direito de dizer adeus.

Tu nem quiseste saber como tem sido esses dias, que por dias a fio não tive vontade de fazer absolutamente nada e continuei fazendo por mais que eu estivesse arrasada. 

Ver a tua aparente indiferença com o que aconteceu (com a gente) tem me matado um pouco todos os dias.

Será que sempre foste assim e eu nunca vi? 

Sinto falta de você todos os dias, daquele cara cheio de sonhos, que passava horas me contando sobre os casos, que se importava em saber o que eu achava sobre as mínimas coisas. 

Nada daquilo existiu? 


quinta-feira, 1 de julho de 2021

Existem pessoas que gostam de ficar relembrando uma memória ruim para fazer o outro sentir-se culpado.

Se fosse há alguns anos talvez eu fosse essa pessoa, provavelmente porque eu não tivesse entendido o que realmente significa se importar com alguém. E, por isso eu consigo ver uma luz no fim de tanta dor. 

Infelizmente não podemos mudar como as coisas aconteceram, não temos uma máquina do tempo para desfazer os erros e revisitar os acertos. Se tivéssemos  não iríamos aprender com os nossos erros e consequentemente estaríamos destinados a sermos seres estagnados, sem qualquer evolução pessoal. 

Quero virar a página, seguir em frente, te ver com outros olhos, novos olhos, quem sabe? 

Não tenho a mínima vontade de expor você, de fazê-lo mal, nem nos momentos em que me vêm àquela memória. 

Só quero lembrar dos momentos bons que foram inúmeros, lembrar das trocas e acreditar que foi real, que não foi tudo consumido pela vontade de viver outras experiências.  

Não quero ser taxada de "exagerada", de "chata" ou qualquer outro adjetivo pejorativo por estar triste quando nem queria sentir absolutamente nada, mas a sensação que senti foi avassaladora. 

Você fez eu sentir de novo e embora eu esteja sob escombros, agradeço muito por todos os momentos. 

Espero que muito em breve a gente consiga se re-conhecer. 


terça-feira, 1 de junho de 2021

Queria escrever algumas linhas para tirar da cabeça e do coração o que estou sentindo, mas vou usar das palavras do Carpinejar, o  cujo texto segue abaixo:

“Amor não é uma vez, 

São várias vezes,

Até encontrar a pessoa predileta. 

A pessoa necessária.

A pessoa fundamental.

A pessoa que supera a idealização, 

Que lhe devolve a vontade de atravessar as suas idades e tempos.” 


Não sei se encontrei minha pessoa predileta na hora errada, mas tenho certeza absoluta que tínhamos que ter nos conhecido naquele mesmo dia e hora.  O que será só o tempo dirá. 


quinta-feira, 13 de maio de 2021

Terapia

Há mais de um ano comecei a fazer terapia, porém fui há pouquíssimas sessões, entre outros motivos, a pandemia. 

E, infelizmente, desde então não retomei, motivo que me deixa bastante entristecida. 

Mas o que me traz aqui é exatamente uma das coisas que ela me disse e essa lembrança me veio à mente antes de ontem quando uma amiga conversou comigo sobre objetivos de vida. 

E na última sessão a minha terapeuta me pediu para listar os meus propósitos para aquele ano (2020) e coincidentemente minha amiga recebeu um dever de casa semelhante: listar os objetivos de vida ou propósitos como tenho lido aqui e ali. 

Não tive a chance de levar essa lista para minha terapeuta (aqui vamos chamar de Amanda) ou sequer cheguei a pensar sobre, pois uma coisa acabou tropeçando na outra, mas nessa semana em que estou de TPM, comecei a pensar. 

Essa minha amiga (e outra amiga também) me falou algo que ficou na minha mente: "nunca foi meu objetivo de vida construir uma família ou ter alguém". 

E até bem pouco tempo também nunca tinha sido meu objetivo, pois, como ela, também sempre estive focada nos meus estudos, primeiro era terminar o 2º grau, depois veio o cursinho, vestibular, universidade e agora pós, então sempre teve algo prioritário e minha vida pessoal afetiva foi deixada de lado. E até bem pouco tempo atrás isso nunca foi um problema, nunca tinha pensado muito sobre. A minha família de sangue e de coração (como chamo meus amigos) sempre me bastou. 

Tudo isso me levou a alguns questionamentos: O que temos feito para que isso mude? Por quê essa cobrança? Os homens também pensam assim? 

Não tenho feito nada inovador para mudar essa minha realidade porque a carreira profissional e consequente independência financeira ainda é meu maior objetivo e talvez essa cobrança súbita seja uma resposta a imensa quantidade de amigas paridas ou gestantes que bombam o meu feed diariamente (e eu amo ver os bebês delas, amo de paixão!). 

Tenho a total certeza que nenhum homem se inquiete, sequer perca uma noite de sono por nenhuma dessas questões porque a sociedade é projetada de modo a lhes favorecer e biologicamente podem ter filhos a qualquer tempo, enquanto nós, mulheres, temos um "prazo de validade". 

Além disso, tenho uma visão otimista demais de que há uma pessoa reservada para cada um de nós, talvez não corresponda às nossas expectativas, talvez não seja amanhã nem depois, mas se a gente permitir (porque tem isso, né?) que alguém nos olhe de verdade, a magia do encontro acontece sim. 

Por enquanto vou tentando, um dia de cada vez. 



sexta-feira, 30 de abril de 2021

Sumir

 A gente subestima o quanto uma lembrança pode ser maléfica até estar cara a cara com ela. 

Anteontem olhei de longe uma pessoa que me machucou imensamente, provavelmente nem lembra que fez aquilo ou se importou de fazer, e eu do alto dos meus vinte e tantos achei que não iria me magoar vê-lo de relance, mas, ao que tudo indica, estava enganada. Tudo aquilo que vivi veio à mente, o mal estar, a sensação de ser descartada, tudo. 

Apesar de eu não ser mais a mesma garotinha indefesa de antes, ainda há fragmentos dela dentro de mim e essa mesma garotinha só queria sumir. 

Mais um na multidão

Li numa rede social “não há nada pior que se sentir sozinho mesmo estando cercado de gente” e é a tecla que eu sempre bato: de que adianta estar num relacionamento, mudar o status de relacionamento e continuar se sentindo só.

Quando eu era mais nova tinha mais aquele anseio de estar sempre rodeada de pessoas, talvez pela minha natureza extrovertida e pela memória afetiva da minha família barulhenta, inclusive saudades disso.

Mas, à proporção que fui crescendo, amadurecendo, certas crenças são desfeitas e o véu da ingenuidade é retirado (muitas vezes) bruscamente, percebi que o que desejo é uma companhia de verdade, alguém que esteja realmente para mim e eu para ele, independente do que for, não só para postar fotos bonitas e legendas melosas (nada contra, as adoro, por sinal). 

O que importa é ter com quem contar no final da estrada. 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

Destruir para construir

Com certeza você já deve ter ouvido falar ou lido em algum lugar que os 30 são os novos 20, sim?

Bom, ainda não tenho trinta anos, mas dada a proximidade, comecei a refletir. 

Se você já frequenta aqui ou já leu algum post sabe que não é preciso muito para me fazer questionar alguma coisa, não é mesmo? Rsrs

Esse papo vai falar basicamente com o público feminino, porém homens sintam-se convidados a puxar uma cadeira e ouvir também, se lhes interessar. 

Desde crianças nós, mulheres, fomos apresentadas a milhares de normas para viver em sociedade e ser uma “boa garota”, a forma de sentar, como responder as pessoas, como cumprimentar apropriadamente, como não falar, como se vestir, como não se vestir, etc. 

O que é importante compreender neste manual de “bons modos” é que todo comportamento que fosse o oposto do que nos foi ensinado geraria uma resposta sobretudo masculina e principalmente sobre como essa espécie do sexo oposto iria pensar a teu respeito. Sim! Absurdo!

Graças à literatura feminista temos compreendido que boa parte (todo) deste manual tem sido parte do mecanismo patriarcal para nos manter nos “nossos” lugares e perpetuar o machismo, capitalismo e todo esse sistema abominável que impera. 

Onde quero chegar com tudo isso? Que leva no mínimo uns bons anos para descontruir todo esse pensamento de que “se eu fizer isso, ele vai pensar aquilo” e até que estejamos atingido nosso “melhor eu” já temos.. o quê?! Trinta e uns, quarenta e tantos? Não sei bem precisar, uma vez que a melhora pessoal é uma conquista diária. 

Derrubando um tijolo por vez destruiremos esse muro que nos separa de quem realmente somos, mas é preciso paciência consigo, entender que terão dias em que vamos regredir, vamos nos sentir inseguras porque foi assim que nos ensinaram a ser, mas que isso não nos define, somos muito mais do que um dia, somos todos os outros tantos dias. 

Você consegue, eu consigo! 

Here we go again and again and again... 

             


quinta-feira, 21 de janeiro de 2021

GIVE ME A BREAK

 As pessoas presumem que por você ter um determinado estereótipo e curtir determinados livros, músicas e filmes, isso automaticamente te faz uma romântica do tipo quer-casar-ter-filhos-e-uma-casinha-de-sapê.

Não significa que você não quer também, apenas que não está no momento para isso ou talvez você ainda nem tenha pensado nisso. Give me a break!!!!!!!!

Ter uma carinha fofa e ser legal não significa que você não tem histórias trágicas de amor, que não tenha estragado algumas relações em potencial ou que não sabote a si mesma quando está sentindo que ele gosta de ti.

Isso só te faz uma pessoa que tem esperança na vida, no ser humano, que quer dar uma chance a si própria de quem sabe não estragar uma relação, sabe?


terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Pra sonhar

Boa tarde, caro/a/x leitor/a/x! 

Hoje acordei com vontade de tornar meus sonhos realidade, de me mexer, de terminar minhas pendências, de não deixar a ansiedade dominar minhas ações e pensamentos, de ser quem sempre fui leve, livre e feliz - na medida do possível. 

Talvez essa felicidade toda se deva ao fato da minha menstruação ter finalmente descido e meus hormônios estarem no lugar outra vez após 2 semanas ou mais de uma chuva hormonal tenebrosa. 

Até breve! 

segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

O sol é você

 Eu adoro te ver falando de coisas que não faço ideia, sobre assuntos que vou pesquisar depois para conversar com propriedade, adoro que tu amplias meus horizontes, que me faz repensar sobre coisas que no impulso eu tomaria um partido imediatamente, teu riso envergonhado quando faço um elogio ou uma cantada bem ruim.

Sobretudo, adoro o fato de que tu falas mais agindo do que falando.

Apesar disso, tu não és o Sol, és uma estrela cujo brilho é intenso e imenso e que gosto de ter bem pertinho, mas o sol eu sou.



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