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quarta-feira, 12 de setembro de 2018

The eyes never lie

Havia uma lua bonita lá fora e mesmo cansada ela resolveu sair para ouvir uma música e quem sabe tomar uma breja pra relaxar. Ela sabia que um amigo tocaria nesse local e, talvez por isso tenha ficado mais tentada a não sucumbir ao cansaço.
Neste dia conseguira companhia, desse modo, não iria parecer que o único intuito era prestigiar o tal amigo.
Ao chegar ao bar, entrara depressa e assentara-se numa mesa com vista para o que ela achava que seria a mesa do DJ e, no momento em que ela levantou os olhos avistou o conhecido de costas.
Nesse momento ela pede licença e dirige-se ao banheiro e quando retorna olha através da visão periférica que havia sido notada pelo amigo, então se senta outra vez e imediatamente ele surge e a cumprimenta com um abraço caloroso. Apesar de querer permanecer naquele abraço, ela senta-se à mesa, mas ele a chama para mostrar os vinis que pretendia tocar durante a noite. Ela retorna à sua mesa, pede a cerveja enquanto conversa com o acompanhante e então o amigo se assenta à frente dela e começam a conversar. 
Ela se concentra em decorar cada detalhe, desde o sinal que ele tem próximo aos lábios ao modo como ele arruma os cabelos para colocar o boné que num ímpeto ela havia posto em sua cabeça. 
O restante da noite se resumiu em o amigo tocar e conversar com ela, enquanto compartilhavam a cerveja, trocavam experiências e como o ano (até então) tinha sido ou não intenso para ambos. Enquanto ela tentava explicar com base na astrologia e ele no empirismo.
Numa dessas seleções tocadas durante a noite, uma música cujo nome é o dela, tocara quando ela estava no banheiro o que a pegou de surpresa, então apressara-se para certificar de que se tratava realmente dessa música, quando da confirmação não conseguiu esconder a felicidade que sentira. Quando se sentara à mesa, o amigo perguntou se ela havia escutado a música e que havia tocado para ela.
A cerveja acabara, ela pagou a conta, despediram-se e ela foi embora saltitante ainda sem saber o porquê, mas determinadas perguntas tem o hábito de estragar o que se sente. 
Bom, se fora flerte ou delicadeza talvez ela nunca saiba, porém, o que ela sentira foi algo tão bom que palavras não precisavam ser ditas. Talvez ele não tenha tido consciência, mas os olhos dele, naquela luz, disseram tudo. 

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